sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Petrobras responde a homem de Serra. Eles iam vender a Petrobras

O Davizinho e o chefe: eles querem meter a mão no pré-sal


O Blog Conversa Afiada publicou post do Blog da Petrobras, o qual republicamos:

Presidente da Petrobras responde a David Zylbersztajn



Para o governo FHC, a Petrobras morreria por inanição. Os planos do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso eram para desmontar a Petrobras e vendê-la”, diz o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo. “Em 2003, quando a atual diretoria assumiu a gestão da Petrobras, havia em curso um plano claro de desmonte e esvaziamento de setores estratégicos da Companhia. Se essa tendência não fosse interrompida e revertida, a Petrobras praticamente extinguiria sua atividade de exploração, porque suas áreas exploratórias para buscar novas reservas de petróleo estavam se reduzindo, suas refinarias seriam desmembradas e as plantas de energia elétrica dariam prejuízos, sem perspectivas de recuperação do capital investido. A engenharia e a pesquisa e desenvolvimento da Petrobras seriam extintos”. As afirmações são do presidente da Petrobras em resposta às declarações de David Zylbersztajn, presidente da Agência Nacional do Petróleo no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Para o presidente da Petrobras, não restam dúvidas quanto aos objetivos do governo anterior de “preparar” a Petrobras para ser privatizada. “Gradativamente, todas as atividades da Petrobras estavam sendo preparadas para serem passadas para a iniciativa privada, com a exacerbação do conceito de unidades de negócio, praticamente autônomas”, completou, numa breve análise do quadro que a atual gestão encontrou na Petrobras em 2003 e das conseqüências maléficas que a privatização da maior empresa da América Latina traria para a economia brasileira.

José Sergio Gabrielli diz que a Petrobras teve sua participação nos leilões de novas áreas exploratórias limitada pelo Governo, para atrair outras empresas privadas na aquisição dessas novas áreas, ficando, portanto, fora da disputa por novos campos. Sem novas áreas, a sustentabilidade da Petrobras estaria completamente comprometida, contando com mais 4 ou 5 anos de atividade exploratória e deixando toda a riqueza do subsolo brasileiro para empresas estrangeiras. Já no início de 2003, no primeiro Plano Estratégico da Companhia da atual gestão, esse processo foi totalmente revertido: a Petrobras voltou a disputar áreas novas, dobrou suas reservas, e ampliou significativamente o portfólio exploratório, hoje com investimentos em exploração de mais de US$ 4 bilhões, enquanto em 2002 esses investimentos foram de menos de US$ 500 milhões.

A Petrobras, frisa o presidente da empresa, perdia substantivamente em competência, economia, valor, inteligência. “Além dos aspectos econômicos, o desmonte da Companhia transformada em um conjunto de unidades de negócios trazia perdas em tecnologia, engenharia, pessoal”. Limitava-se o crescimento do Cenpes, o maior centro de pesquisas aplicadas da América Latina e um dos maiores do mundo, e da engenharia básica da Companhia, na “ilusão” de que toda a ciência, tecnologia e engenharia poderiam ser “adquiridas no mercado”. A gestão posterior a 2003 modificou essa tendência, fortalecendo a engenharia da empresa e seu sistema de pesquisa e desenvolvimento, além de estimular a criação de redes temáticas, que articulam centenas de pesquisadores de dezenas de universidades e instituições de pesquisa no país.

“Na área de geração de energia elétrica, com as termoelétricas a gás natural, não foi diferente. Os contratos, no governo Fernando Henrique Cardoso, garantiam lucros aos empresários donos das térmicas, ficando todo suprimento, pendências, problemas e financiamento do prejuízo para a Petrobras. Os investimentos em refino, mesmo para melhoria da qualidade dos nossos produtos e para aumentar a capacidade de processamento do petróleo brasileiro nas refinarias estava limitado. Nos últimos oito anos esse panorama se transformou e os investimentos no setor de refino cresceram. Hoje estão programadas cinco novas refinarias a serem construídas. Em 2002 não havia investimentos em biocombustíveis e hoje a Petrobras é uma das maiores produtoras de biodiesel e etanol”, diz o presidente.

Em relação ao novo marco regulatório para o pré-sal, Gabrielli também contestou as palavras de Zylbersztajn. Ele diz que o regime de concessões atrai empresas privadas que aceitam o risco de encontrar petróleo em áreas de alto risco exploratório em troca de altos retornos futuros no caso de descobertas. “Para o pré-sal, o risco exploratório é mínimo e o sistema de partilha de produção, em discussão no Congresso, permite, como o próprio nome indica, uma melhor divisão (partilha) entre as empresas e o Governo dos ganhos futuros das potenciais descobertas. Defender o regime de concessões para o pré-sal é defender que a maior parte dos ganhos da atividade sejam apropriados pelo setor privado e nesse sentido é defender, sim, a privatização do pré-sal”, conclui Gabrielli.
 
Bancos, PiG e Serra: todos unidos contra a Petrobras
 

Em política não há coincidência, dizia Tancredo Neves
 
Eles querem tomar o pré-sal.

Vender a Petrobrax.

E, se não for possível, impedir que a Dilma diga que, no Governo Lula, a empresa de que ela foi Presidente do Conselho de Administração realizou a maior operação de lançamento de ações da História do Capitalismo.

Bancos.

O PiG (*).

E o Serra passaram a desconstruir a Petrobrás.

O Conversa Afiada já se perguntou: por que o Itaú e o PiG querem desconstruir a Petrobrás ?.

O Itaú é realizou uma peripécia singular.

Numa semana, o Itaú fazia parte de um restrito grupo de bancos que lançaram as ações da Petrobrás em TODO O MUNDO.

Na semana seguinte, o Itaú aciona a venda maciça de ações da Petrobrás, ao dizer que as ações da Petrobrás não valem um dólar furado.

Os teólogos do “mercado” – essa instituição com que a urubóloga Miriam Leitão se comunica em séances em Lourdes – dizem que existe uma “muralha chinesa” nos bancos: os “especialistas” que lançam as ações não falam com os “especialistas” que avaliam as ações.

Nos Estados Unidos tem muito “especialista” que foi parar na cadeia, porque pulou para o outro lado da muralha.

Essa operação baixista provocada, sobretudo, pelo Itaú nasceu de uma “inquietação” do “mercado”: as próximas denúncias da Veja de que a corrupção na Petrobrás tinha dimensões de um Paulo Preto.

Um horror !

Aí, o mercado teve medo da Veja e saiu a vender.

Na verdade, intencionalmente ou não, o gesto do Itaú coincidiu, acelerou ou anabolizou um movimento feroz no mercado de câmbio.

O investidor estrangeiro entrava, depositava a margem de garantia – às vezes não punha nem dinheiro, mas uma carta financeira – para aplicar no mercado futuro de cambio.

No mercado futuro e no cupom cambial.

Entrava com US$ 100 milhões e alavancava $ 700, $ 800 milhões de dólares.

Tudo para apostar na valorização do Real.

Em poucos dias, no fim da semana passada, essa operação movimentou US$ 20 bilhões.

O Governo correu e aumentou o IOF sobre a entrada de dinheiro estrangeiro – sobretudo americano – de 2% para 4%.

No mesmo dia, esse montão de dinheiro saiu a correr do mercado de câmbio e foi para títulos públicos.

Nessa fuga acelerada, vender a Petrobrás foi um grande negócio.

Vender Petrobrás, aplicar nos títulos do Tesouro, esperar a ação da Petrobrás desabar e comprar ela baratinha.

Enquanto isso, ficar aqui, na moita, atrás do biombo da Petrobrás, sem pagar IOF.

Ou seja, com o movimento de proteção do Governo brasileiro, que aumentou o IOF, o especulador encontrou um bom instrumento para se proteger e esperar a valorização do Real.

E esperar a queda das ações da Petrobrás – por causa da Veja …

Foi uma tacada de mestre.

Derruba as ações da Petrobrás.

Desmoraliza a Petrobrás.

Não deixa a Dilma citar a Petrobrás.

Espera a valorização do Real.

E dá uma mãozinha ao Serra.

O Serra, como se sabe, espera a Cápsula Fênix 2 para sair do buraco.

Essa foi uma tentativa.

Falta combinar com o Governo brasileiro.

Que não vai ficar em 4% de IOF.

Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.



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