segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pesquisa revela preocupação do brasileiro com o meio ambiente

Sessenta por cento dos brasileiros são a favor de uma lei que proíba o uso de sacolas plásticas. O número foi apontado pela pesquisa “Sustentabilidade: Aqui e Agora”. Esse é um dos dados do levantamento que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresentou quinta-feira (25), sobre a percepção dos brasileiros com relação ao meio ambiente, hábitos de consumo e principais formas de contribuição para um futuro mais sustentável.

Entre os dados mais positivos da pesquisa, o meio ambiente aparece como prioridade sobre o crescimento econômico. O estudo revela ainda que a população crê que qualquer mudança causada na natureza pela ação humana provavelmente vai piorar a atual situação e também que apenas com grandes mudanças de hábito e de consumo será possível conservar os recursos naturais.

Esgoto, lixo, enchentes são reconhecidos como problemas ambientais e a população se mostra disposta a separar lixo para a reciclagem, eliminar o desperdício de água e participar de campanhas de redução de energia.

A pesquisa foi realizada em parceria com o Instituto Synovate e o Wal-Mart Brasil, para identificar o potencial de adesão da população a comportamentos ambientalmente responsáveis e as contradições, mitos e erros de informação, que levam milhares de cidadãos a agirem de modo ainda predador e pouco engajado.

Histórico

O Ministério vem realizando a cada quatro anos, desde 1992, pesquisa nacional que acompanha a evolução da consciência ambiental no País. Os dados da pesquisa "O que os brasileiros pensam do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável" (MMA-Iser, 1992, 1997, 2020, 2006) revelam que a consciência cresce em todas as classes sociais e regiões brasileiras, mas que ainda existe um abismo entre a preocupação e o comportamento efetivo.

Mais do que isso, persiste a tendência dos brasileiros considerarem como "meio ambiente" apenas flora e fauna, deixando de fora o ambiente humano por excelência que são as cidades.


Secretaria de Comunicação da Presidência da República


terça-feira, 23 de novembro de 2010

RIQUEZA NOS ESTADOS

O IBGE divulgou as contas regionais que mostram que houve uma desconcentração do PIB por estado em vários locais do Brasil.. Os números indicam que o Estado de São Paulo perdeu alguns pontos na economia nacional passando de 37,3% em 1995 para 33,1% em 2008. Outros estados aumentaram a participação no PIB do País como foi o caso do Rio de Janeiro que passou de 8% para 12,7%, segundo o IBGE, e Minas Gerais que aumentou de 9,1% para 11% entre 1995 e 2008. A soma das riquezas do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná empatou com o PIB de São Paulo e também os 22 Estados restantes superam as riquezas paulistas em 2008. O setor mais afetado foi o industrial onde a queda mais sentida em São Paulo que passou de 44,4% para 33,9% entre 1995 e 2008. Foi analisado pelo IBGE que estes resultados mostram o problema da guerra fiscal entre os estados brasileiros. Na área de serviços o nível de concentração do PIB caiu no Rio de Janeiro e em São Paulo,sendo na economia paulista a queda foi de 35,6% para 33,4%, enquanto a produção fluminense passou de 13,4% para 11,6% entre 1995 e 2008. No setor agrícola o estado líder detinha 17,3% de participação no PIB passando a ter 15,3% do total em 2008.

(Valor Econômico/Redação)

IMPORTAÇÃO DE PETRÓLEO

Segundo o diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, a empresa poderá deixar de importar petróleo e derivados a partir de 2014. A expectativa segundo ele é que o refino do óleo do pré-sal vai acabar com a necessidade de compras externas do produto. A entrada da produção de lubrificantes a partir do petróleo da Bacia de Santos, mas particularmente no campo de Tupi deve ser a solução desta demanda. Com o crescimento da economia nos últimos cinco anos e do mercado a tendência é que o Brasil fique autossuficiente em derivados do produto em quatro anos e que a Petrobrás poderá exportar cerca de 800 mil barris diariamente em 2014. Para o diretor caso o crescimento da economia brasileira continue no futuro pode ser insuficiente a construção das novas refinarias previstas entre 2010 e 2014 para o consumo previsto em 2020.

(Valor Econômico/Redação)

PRÉ E PÓS-SAL

A exploração do pré-sal poderá ser um marco para a engenharia industrial brasileira. A grandiosidade do desafio também deverá contribuir para consolidar a liderança brasileira na tecnologia offshore e para o desenvolvimento dos fornecedores nacionais de bens e serviços. A opinião é do presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), Carlos Maurício Lima de Paula Barros. Barros destaca a atitude da Petrobrás que pretende dar continuidade à política de conteúdo local nos contratos do pré-sal. No Plano de Negócios 2010-2014, com investimentos totais de US$ 224 bilhões, a companhia prevê aplicar anualmente US$ 28,4 bilhões junto a fornecedores nacionais. Além de funcionar como um estímulo à indústria brasileira, a exigência de conteúdo local faz com que empresas estrangeiras busquem parcerias ou se instalem no País, permitindo transferência de tecnologia e incorporação de novos processos, além é claro de utilização de mão-de-obra brasileira. O presidente da Abemi informa que, nos próximos anos, segundo projeção da Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo (Cespeg/SP), as atividades envolvidas na exploração da Bacia de Santos vão envolver quase 13 mil profissionais de várias áreas.

(Portal PortoGente/Redação)

BRASIL-ÁFRICA

Em oito anos, o Brasil e a África ficaram mais próximos. Foram intensificadas as relações políticas, econômicas, comerciais e de ajuda humanitária, além da cooperação na agricultura, saúde e educação. O comércio bilateral saltou de US$ 6 bilhões, em 2002, para US$ 19 bilhões, em 2009. O mesmo ocorreu com o número de embaixadas de países africanos no Brasil que, no mesmo período, aumentou de 18 para 30. O subsecretário-geral de Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Piragibe Terragô, disse que as afinidades entre brasileiros e africanos facilitam o intercâmbio. A demonstração de que as relações serão expandidas é que, este ano, as primeiras perspectivas indicam que a balança comercial entre o Brasil e os países africanos vai superar os dados de 2009. A tendência é que os números se aproximem aos de 2008 - o ápice do comércio: US$ 26 bilhões.

(Agência Brasil/Redação)

INFORMAÇÃO DA PETROBRAS

A Petrobrás vai mudar a forma de divulgar a meta de produção anual da companhia para reduzir a ansiedade do mercado e já está revisando também suas projeções para o crescimento da economia brasileira no seu plano 2011-2015, previsto para ser divulgado no primeiro trimestre do ano que vem. Em entrevista o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, disse não esperar mudanças significativas para a empresa após a eleição de Dilma Rousseff. "Ela foi presidente do Conselho da Petrobras durante tantos anos, não iria mudar no primeiro ano de governo dela, não vejo razão", disse o executivo, que se recusou a comentar o tema de uma eventual permanência na presidência da estatal.

(Agência Reuters/Redação)

ENCONTRO DO PROMINP

O Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural) estima oferecer nos próximos anos 212.638 vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional, como forma de atender às demandas do mercado previstas nos investimentos do Plano de Negócios 2010-2014 da Petrobrás. Deste total, cerca de 28 mil vagas foram oferecidas em processo seletivo realizado em outubro último. O anúncio foi feito pelo coordenador executivo do Programa, José Renato Ferreira de Almeida, durante o 7º Encontro Nacional do Prominp, realizado em Porto Alegre (RS) com presença de cerca de 500 empresários do setor de petróleo e gás. Almeida explicou que o novo quantitativo, que amplia em quase cinco mil vagas o total antes projetado com base no Plano de Negócios 2009-2013 da companhia, é resultado da ampliação dos investimentos da Petrobrás. O coordenador do Prominp frisou que os inves timentos anunciados pela Petrobrás para o período 2010-2014, da ordem de US$ 42,5 bilhões, representam oportunidade única para expansão e consolidação das atividades do setor, tanto no que se refere à formação de mão de obra, quanto no que se refere ao aumento da participação do conteúdo nacional na atividade. Dados consolidados recentemente revelam que, entre 2003 e 2010, a evolução do conteúdo nacional no setor de petróleo e gás saltou de 57% para 75,6%. Esse desempenho representou US$ 21,5 bilhões em encomendas adicionais e a geração de mais de 875 mil postos de trabalho.

(Agência Petrobras de Notícias/Redação)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Municípios receberão retroescavadeiras e motoniveladoras


Foi divulgada a seleção dos 1.300 municípios classificados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para receber máquinas retroescavadeira ou motoniveladora dentro do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). Serão destinados R$ 270 milhões para a entrega de 1.274 retroescavadeiras e 13 motoniveladoras aos municípios selecionados. Outros R$ 630 milhões do Orçamento Geral da União serão aplicados nos processos seletivos a serem realizados nos exercícios de 2012/2014.

A seleção e a divulgação ocorreram de acordo com a metodologia utilizada pelo PAC. Foram considerados como critérios: pertencer ao Programa Territórios da Cidadania; maior participação do PIB agrícola no PIB total do município; possuir maior extensão territorial; ter maior presença de agricultores familiares em relação ao total dos produtores rurais registrados no município; e distribuição mais equilibrada entre as regiões brasileiras. A lista completa dos municípios selecionados está disponível para consulta no Diário Oficial da União e no portal do MDA http://www.mda.gov.br/
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Corte simbólico de árvore inicia manejo florestal no País


O corte de uma imbireira com quase 30 metros de altura, na Floresta Nacional (Flona) do Jamari, norte de Rondônia, a 130 km da capital Porto Velho, deu início ao manejo de madeira na primeira concessão florestal do País. O evento foi realizado na quarta-feira (17). Dos 222 mil hectares da área total da Flona Jamari, foram licitados pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) 96.361 hectares, espaço correspondente a um quadrado de terra medindo 30 km em cada lado. O manejo florestal de madeira está sendo feito pelas empresas vencedoras da licitação: Amata, Sakura e Madeflora.

A concessão florestal é expedida pelo SFB, com o objetivo de promover a exploração sustentável de madeira. Segundo o diretor-geral do órgão, Antônio Carlos Hummel, isso permite ao setor madeireiro trabalhar fora da clandestinidade, oferecendo o produto ao mercado sem danos ambientais, e ainda gerando empregos com carteira assinada e rendimentos ao poder público.

Hummel ressaltou que a ideia é cogitada desde a década de 1950. Mas foi transformada em política pública em 2003, com a consolidação do marco legal da concessão florestal e, posteriormente, da Lei de Gestão Florestal Pública, aprovada em março de 2006.

Ele acredita que, a partir desse modelo, em dez anos a economia madeireira da Amazônia vai estar organizada de forma sustentável, e que a gestão florestal brasileira será um exemplo mundial. A expectativa do Serviço Florestal Brasileiro é atingir, em 2011, um milhão de hectares de florestas licitadas.

O manejo florestal permite o corte de árvores na proporção de uma para cada 30 em determinada área, o que corresponde, na Floresta Amazônica, a cinco ou seis árvores por hectare, a cada ano. E o corte é feito depois de um censo florestal, em cada área, e monitorado por técnicos de órgãos ambientais.

O potencial de manejo florestal na Flona Jamari é de 68 mil metros cúbicos de madeira por ano, material suficiente para construir 8.500 casas populares. O contrato com as três empresas concessionárias terá a duração de 40 anos, e o arrendamento da área vai gerar ao poder público R$ 3,3 milhões ao ano.

Depois da Flona Jamari, foram feitos processos de concessão em mais seis florestas nacionais nos estados de Rondônia e do Pará. Hoje, mais de um milhão de hectares estão em diferentes fases de concessão, desde pré-editais lançados a contratos já assinados. Segundo o SFB, existem atualmente em torno de 10 milhões de hectares de florestas públicas em condições de receber uma concessão, área suficiente para atender 20% da demanda por madeira das indústrias brasileiras.



6 dicas para ser um bom gestor público

Esse artigo procura orientar os gestores públicos através de 6 dicas úteis para que eles possam realizar uma gestão pública eficiente, contemplando os interesses da sociedade que representam.

 
Esse artigo busca provocar reflexão para aqueles gestores públicos que foram agraciados com a confiança da população para representar os seus anseios durante os próximos anos. Todo aquele que almeja ser um bom gestor deve ter em mente que as dificuldades encontradas no processo serão muitas e exigirão dedicação e estudo.

Dirijo aqui 6 dicas úteis para que os gestores possam administrar com êxito os Órgãos Públicos:

1) Programar as ações de forma planejada estrategicamente Toda ação requer planejamento para que se alcance os resultados pretendidos. Cabe ao gestor e sua equipe adotar estratégias que mostrarão os caminhos para se alcançar as metas traçadas. Tanto na iniciativa privada como pública isso é imprescindível, pois geralmente os desejos da população de um local são maiores que a capacidade de atendimento. A Lei de Responsabilidade Fiscal, o Plano Plurianual (PPA), a Lei da Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), tratam esse assunto de forma especial.

2) O gestor Público deve investir em capacitação e buscar os profissionais mais bem preparados para as funções Uma Administração eficiente e eficaz necessita contar com os melhores profissionais para compor os diversos postos organizacionais. O gestor precisará de pessoas competentes para ajudá-lo no desenvolvimento de políticas públicas que visem a melhoria da sociedade. Olhar sob a lupa da competência, e não das negociatas políticas, deve ser regra para o gestor público.

3) Utilizar a informação como ferramenta de trabalho Todo Administrador se utiliza da tomada de decisão como atividade rotineira na sua jornada diária de trabalho. Para tal, ter as informações corretas para tomar as melhores decisões, torna-se fundamental.

4) Ser transparente Disponibilizar as informações relativas às receitas e despesas à população para que a sociedade possa controlar. A Lei da Responsabilidade Fiscal obriga o gestor público a ter essa tranparência na sua gestão. Assim, ser transparente significa competência e respeito com o cidadão.

5) Descentralizar ações A palavra descentralizar é muito utilizada na Administração (principalmente na gestão privada), porém na iniciativa pública muitos gestores tem receio de colocá-la em prática. Para muitos essa palavra significa perda de poder e controle, o que não é verdade. Não se trabalha ou se Administra sozinho, distribuir atividades e responsabilidades é muito relevante nas organizações. Desde que seja avaliada e acompanhada, a descentralização pode ser muito eficiente e eficaz na gestão pública

6) Considerar o Orçamento Público como instrumento que organize e facilite a vida do gestor Um orçamento consiste basicamente nas previsões de receitas e despesas planejadas para determinado exercício.

Samar Hamad Timeni

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O que um Líder 5 estrelas deve saber

Se desejamos construir famílias mais felizes, empresas mais saudáveis e comunidades mais solidárias precisamos mudar a forma de pensar a liderança.



Se desejamos construir famílias mais felizes, empresas mais saudáveis e comunidades mais solidárias precisamos mudar a forma de pensar a liderança. As competências aplicáveis nos últimos 50 anos não são mais tão úteis na nova sociedade do serviço, do cliente, do relacionamento móvel e do mundo volátil em que vivemos. Parecem desmoronar as verdades sobre a motivação, a lealdade, o comprometimento e – a liderança! A escassez de líderes competentes é um fato.

No campo político, a grande maioria dos países ressente-se da falta de estatura e competência de seus líderes. No mundo empresarial as empresas não conseguem formar líderes em quantidade e qualidade suficientes para se expandirem, nem para se posicionarem junto a seus clientes, fornecedores, parceiros. Nas famílias agrava-se a distância entre pais e filhos. As comunidades ressentem-se de lideranças mais eficazes.

O que fazer? Uma saída é tentar aprender com a prática daqueles a quem chamo de "líderes cinco-estrelas". Ao longo de minha carreira tenho tido a oportunidade de conviver com vários deles. São líderes – homens e mulheres, alguns bastante jovens – diferenciados, notáveis, mesmo aqueles que são anônimos por não ocuparem cargos nem posição social de destaque. Mas exercem a liderança de forma competente. Temos o que aprender com eles. Quais são seus segredos?

Oferecem causas, em vez de apenas empregos, tarefas ou metas. Criam um ambiente de motivação profunda ao deixar claro o significado que transcende a tarefa, o trabalho, o job description das pessoas que o cercam. Vão muito além de metas e objetivos a serem cumpridos. Indicam o "porto de chegada" e as escalas intermediárias na " viagem" da sua equipe, família, grupo comunitário. E deixam claro que o importante não é inventar o futuro, em vez de perder tempo tentando adivinhá-lo. Contribuem para ajudar as pessoas que os cercam a entenderem melhor os momentos que atravessam. Estimulam os outros no sentimento de que fazem parte de algo nobre, que extrapola a simples troca do trabalho por remuneração. E a superarem situações indesejadas ou inesperadas.

Formam outros líderes, em vez de apenas seguidores. O líder diferenciado não é mais aquele que tem atrás de si um grupo de pessoas que seguem fielmente o rumo traçado e são recompensadas pela sua lealdade. Essa é uma visão elitista da liderança que precisa ser desmistificada. Os líderes competentes são aqueles que têm em torno de si pessoas capazes de exercer a liderança quando necessário. Criam mecanismos, atitudes e posturas que estimulam o desenvolvimento do líder que existe dentro de cada um. Formam, assim, outros líderes. E fazem isso porque já perceberam que as empresas, hoje, necessitam de uma quantidade muito maior de líderes.

Lideram 360 graus, em vez de 90 graus. O líder diferenciado atua onde faz diferença. Não influencia somente quem está do lado "de dentro" numa família, empresa, escola, hospital. Exerce a liderança também "fora", para cima e para os lados. Na empresa, sabe que precisa exercer a liderança perante clientes, parceiros e comunidades. Cuida de perto dos canais de distribuição de seus produtos e serviços. Precisa, às vezes, intervir em operações de seus fornecedores para que esses garantam a qualidade e o custo requeridos para aumentar a competitividade de seu negócio. Precisa influenciar as associações no setor em que atua. Algumas vezes tem que articular com líderes comunitários para que a empresa exerça uma eficaz cidadania corporativa. O líder 360 graus consegue liderar também para "cima". Numa empresa, significa influenciar seu chefe, os diretores, o presidente, os acionistas – enfim, todos aqueles que, na escala de poder, ocupam posição hierárquica superior. Isso requer coragem, ousadia, iniciativa, criatividade.

Surpreendem pelos resultados, em vez de fazer apenas o combinado. O líder do futuro não será aquele que chega aonde anunciou que chegaria. Não bastará cumprir metas. Será aquele que fará mais do que o combinado, surpreenderá pelos resultados que conseguir transformar em realidade. Consegue obter resultados incomuns de pessoas comuns. Surpreende, superando sempre o esperado. Em vez de dar ordens e cobrar rendimento, incentiva cada um a fazer o seu melhor. E dá o melhor de si. Não espera acontecer. Cria as oportunidades. Estimula o senso de urgência e não deixa as coisas para amanhã. Incentiva parcerias, apóia iniciativas. Prioriza o que a equipe precisa, não apenas o que desejam seus integrantes. Consegue o grau de compromisso e disciplina necessário para realizar sonhos definidos em conjunto, não apenas satisfações imediatistas. Celebra os sucessos e as pequenas vitórias. Distribui parte dos resultados gerados, em retribuição à comunidade.

Inspiram pelos valores, em vez de apenas pelo carisma. Inspirar pelos valores é a tarefa mais importante desses líderes. É a "cola" que une as outras forças do líder, a que dá sentido a tudo. O líder diferenciado compreende que o critério do sucesso não é apenas o resultado, mas também a forma como o resultado é obtido. Constrói um código de conduta com os integrantes dos grupos dos quais faz parte, em torno de valores que são explicitados, disseminados e praticados.

Constrói uma cultura aceita e compromissada. O líder cinco-estrelas cria um clima de ética, integridade, confiança, respeito pelo outro, transparência, aprendizado contínuo, inovação, proatividade, paixão, humildade, inteligência emocional. Cultiva a capacidade de servir clientes, fornecedores, comunidades, parceiros. Encara o empreendedorismo como um estado de espírito, não como sinônimo de pessoa jurídica. Esse líder educa pelo exemplo. Fala aos olhos, não apenas aos ouvidos.

Se esses "segredos" não passarem por suficientes, resta adicionar duas outras atitudes que distinguem ainda mais esses "líderes cinco-estrelas".

A primeira delas é que esses líderes aprenderam a ser líderes 24 horas por dia, ou seja, em todas as dimensões da vida. Exercem a liderança de forma coerente no escritório, em casa, na escola, na comunidade. Entendem que a liderança não ocorre apenas quando estamos no trabalho. Por que salientar essa atitude? Porque, infelizmente, a maioria exerce o papel de líder apenas quando está no seu ambiente formal e se comporta de modo completamente diferente – às vezes até antagônico – em outras circunstancias da vida. São "líderes meia-boca" que defendem certos valores quando estão com o crachá das suas organizações, mas que têm outras atitudes quando estão em casa ou em diversas situações do cotidiano.

A segunda atitude é que esses líderes, antes de pretender liderar os outros, aprenderam a liderar a si mesmos. Essa é uma das competências mais fundamentais dos chamados líderes cinco-estrelas. Sabem que, ao liderar, desafiam as pessoas a mudarem seus hábitos cotidianos, posturas, atitudes, comportamentos, modos de pensar – enfim, a modificar a forma de encarar suas vidas.

Esses líderes verdadeiros entendem que a mudança começa dentro de cada um de nós. Mas esses sabem que o líder, quando deseja mudar algo, deve começar a mudança em si. Sabem que liderança não é uma questão técnica, mas de atitudes e posturas. Atitudes perante outros, mas também perante a si mesmo. Isso implica em liderar suas emoções, seus ímpetos, suas deficiências e saber suplementá-las com pessoas de sua equipe ou com parceiros na sua vida pessoal. Isso exige elevada dose de autoconhecimento.

E você, leitor? Quais desses pontos você já pratica e não constituem segredos para você? Quais os que você precisa praticar mais para ser também chamado um "líder cinco-estrelas"?

Temos de evitar atuar no novo jogo da liderança usando aquela velha forma de pensar que nos conduz sempre aos mesmos lugares. Temos de mudar o padrão da liderança se de fato desejamos criar famílias bem mais felizes, empresas mais saudáveis e comunidades mais solidárias.


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César Souza (cesarsouza@empreende.net) é presidente da Empreenda, palestrante e autor dos bestsellers VOCE É O LIDER DA SUA VIDA (Sextante, 2009) e de CARTAS A UM JOVEM LÍDER (Campus, 2010).

www.blogdolider.com.br - www.blogdocesar.com.br - twitter.com/cesar_souza



No próximo domingo, dia 21 de novembro, Lei dos Incentivos Fiscais completa 5 anos

Hoje, os setores mais beneficiados são os de mecânica, petroquímica, transportes, metalurgia, eletroeletrônica e bens de consumo.

No próximo dia 21 de novembro, a Lei nº 11.196/2005 completa cinco anos sem muitas adesões. A Lei, também conhecida como "Lei do Bem", é assim denominada por criar incentivos fiscais para as empresas que desenvolvem inovações tecnológicas. Contudo, segundo dados do MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia), menos de 650 empresas utilizam essa Lei de incentivo à inovação, quer na concepção de produtos, quer no processo de fabricação ou agregação de novas funcionalidades ou características a um determinado produto ou serviço.

O presidente do CRC SP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo), Domingos Orestes Chiomento, afirma que os investimentos em pesquisas e desenvolvimento nas empresas continuam baixos devido à falta de informação, desconhecimento, insegurança jurídica ou porque elas fazem opção por outros incentivos. "Quem sabe o que é a Lei do Bem?", questiona o presidente, salientando que o mecanismo é pouquíssimo conhecido no ramo empresarial em todo o País.

"Ao se investir em inovação tecnológica, é possível conseguir abatimento no IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e na CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), além de redução de até 50% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como os acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens", explica Chiomento. "E os benefícios não param por aí: os empresários que trabalham com remessas para o exterior têm redução do IR retido na fonte nos casos de contratos de transferência de tecnologia destinada ao registro e a manutenção de marcas e patentes".

Todavia, mesmo com todas essas vantagens, os dados do relatório anual da utilização dos incentivos fiscais ano-calendário 2009, produzido pelo MCT, especificam que somente 635 empresas estão cadastradas na Lei do Bem, mas isso não significa que todas elas utilizam as vantagens. "O resultado revela que poucos empresários conhecem e tiram proveito dessa legislação, uma vez que esse número representa menos de 10% do universo das 6 mil empresas que poderiam se candidatar aos benefícios legais. A maioria delas desconhece os procedimentos para a concessão e as formas de utilização dos recursos disponíveis", ressalta o presidente do CRC SP.

Economia e inovação

Para usufruir desses e outros recursos, o requisito básico que deve ser preenchido é aplicar em inovação: se o investimento for feito junto a um ICT (Instituto de Ciência e Tecnologia), há necessidade de uma aprovação prévia; se a pesquisa for feita na própria empresa, a utilização é bem mais simples. Mas, afinal, o que é inovação? O conceito está na própria Lei. Segundo o artigo 17§ 1º, "considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado".

Na opinião do presidente do CRC SP, Domingos Orestes Chiomento, a Lei do Bem impulsiona o avanço econômico, permitindo a produção de conhecimento e o desenvolvimento social. Para ele, investir em inovação é ganhar competitividade e as empresas que não fazem isso estão morrendo para o mercado, já que a modernização e a tecnologia fazem parte do dia a dia de todos. "O programa não compreende somente pesquisa, mas sim, qualquer inovação tecnológica. Muita coisa pode ser considerada como inovação como, por exemplo, a compra de tratores modernos para arar o solo".

De acordo com o presidente do Conselho, atualmente muitas empresas não se candidatam às beneficiárias da Lei do Bem porque não se reconhecem como inovadoras. "Hoje, os setores mais beneficiados são os de mecânica, petroquímica, transportes, metalurgia, eletroeletrônica e bens de consumo. A maior parte das empresas com esse perfil está localizada na região sudeste e sul do Brasil. Se esses empreendimentos adotarem um programa de inovação, com projetos eficazes, que tem por propósito melhorar os processos ou produtos, terão, com certeza, os incentivos fiscais", finaliza Chiomento.




terça-feira, 16 de novembro de 2010

PETROBRAS ASSINA CONTRATOS PARA O PRÉ-SAL

A última semana do pré-sal começou com a notícia de que o governo irá ampliar o incentivo à compra de produtos e equipamentos nacionais por empresas que irão fazer parte da exploração do pré-sal. O projeto, divulgado pela mídia na terça-feira, dia 9, deve ser apresentado pelo Ministério das Minas e Energia à presidente eleita Dilma Roussef no início do próximo ano e prevê a concessão de bônus para as companhias vencedoras de licitações de áreas de exploração que excederem os níveis mínimos de conteúdo nacional definidos por lei na aquisição de equipamentos.

O programa de estímulos conta ainda com vantagens em licitações futuras para as empresas que adotarem a medida. Já as companhias que não se enquadrarem nas exigências mínimas, além das multas de praxe, receberão “bônus negativos”. “Assim, uma empresa que não cumprir o conteúdo mínimo nacional perderia a competitividade em processos licitatórios futuros”, disse o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Marco Antonio Martins de Almeida.

Ainda na terça-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, rebateu uma notícia que foi especulada na imprensa dando conta de que a União poderia decidir ficar com a área de Libra, no pré-sal, e explorá-la sozinha. Gabrielli afirmou que a única hipótese para isso acontecer seria no caso do Congresso não aprovar o projeto de partilha de produção. “Se o Congresso Nacional aprovar, 30% é da Petrobras. Se o sistema não for aprovado, a União teria a possibilidade ou de explorar diretamente como monopólio da União ou poderia fazer o leilão”, disse ele.

No dia seguinte, quarta-feira, dia 10, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, foi notícia nos jornais após declarar que o primeiro leilão de blocos de exploração de óleo e gás no pré-sal deve atrasar. Segundo Haroldo, o evento não sairá no começo do próximo ano, devido à dependência da aprovação do novo marco regulatório no Congresso, que não voltará a lidar com o tema, deixando a decisão para os novos parlamentares eleitos esse ano.

Contratos para o pré-sal

Fechando a semana, na quinta-feira, dia 11, a Petrobras divulgou, em comunicado ao mercado, que assinara com a empresa brasileira Engevix Engenharia S.A dois contratos no valor total de US$ 3,46 bilhões para construção de oito cascos das plataformas destinadas à primeira fase de desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos. Cada plataforma do tipo FPSO terá capacidade para processar diariamente até 150 mil barris de óleo e 6 milhões de m³ de gás e a previsão é de que todas as unidades entrem em operação até 2017.

RECEITA FEDERAL COMBATE IMPORTAÇÃO DE AÇO ILEGAL


No final do mês passado, a Receita Federal (RF) anunciou que tem adotado medidas para combater as irregularidades em operações de comércio exterior relacionadas às importações de produtos de aço. O objetivo do governo federal é restringir as importações de aço subfaturado que produzem impacto negativo para os produtores de aço no Brasil. De acordo com o fisco, foram constatadas compras de produtos de aço no exterior a preços inferiores àqueles declarados nas importações de suas respectivas matérias-primas, o que caracterizaria indício de fraude de valor aduaneiro.

Desta forma, as alíquotas dos tributos cobrados na entrada no País incidem sobre esse preço de referência e não sobre o declarado nas faturas, caso seja inferior. A Receita ressaltou, no entanto, que a medida não estabelece uma lista de preços mínimos para o setor, mas sim, um patamar médio de referência. A Receita Federal também confirmou que o Brasil, como país signatário do Acordo de Valoração Aduaneira, observará as normas contidas nos atos legais de regência para apurar o valor aduaneiro das mercadorias importadas. Entretanto, o órgão esclareceu ainda que "não estabelece lista de preços mínimos, procedimento que contraria o Acordo de Valoração Aduaneira".

“Nós estamos importando aço”

Recentemente, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, criticou os preços praticados pelas siderúrgicas nacionais no fornecimento de aço para a indústria naval brasileira. A Transpetro tem negociado diretamente a compra do insumo para a construção de petroleiros que fazem parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), que integra o PAC do governo federal. Segundo Machado, a empresa tem sido obrigada a importar a matéria prima, para que os navios fabricados no Brasil tenham custos competitivos.

Machado explicou que os preços do aço praticados internamente não são considerados entrave à Transpetro porque, segundo ele, “nós estamos importando aço”. “Se somos exportadores de aço, devemos ter condição de ter o produto à preço competitivo aqui”, afirmou Machado, ressaltando que o projeto da Transpetro é para que o Brasil seja um fornecedor global de navios – e não produza petroleiros apenas para atender a demanda local.

Sérgio Machado afirma que o aço representa de 20% a 30% dos custos de construção de um navio petroleiro. Segundo ele, em média, as siderúrgicas nacionais oferecem o produto a preços 40% superiores aos praticados por indústrias estrangeiras. “Em uma recente compra que fizemos, a diferença chegou a 55%”, disse. De acordo com o presidente da Transpetro, 15 siderúrgicas de oito países diferentes estão concorrendo nas licitações abertas pela Transpetro para compra de aço.



GRANDES PROJETOS TRAZEM IMPACTO AMBIENTAL PARA O RIO


Grandes projetos sempre exigem complexas intervenções nos locais onde são executados. O que se esperar, então, de obras do porte de arenas esportivas, ampliação de rodovias, ou até mesmo de um complexo petroquímico com 45 milhões de metros quadrados, o equivalente, aproximado, a mais de seis mil campos de futebol? Esse é o cenário que se apresenta para o Rio de Janeiro nos próximos anos, com a realização dos dois maiores eventos esportivos do planeta, a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, e a entrada em operação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Ainda que destinados a setores diferentes, os projetos de infraestrutura destinados à Copa e Olimpíadas e as obras do Comperj possuem um ponto básico em comum: o impacto ambiental na cidade e no estado do Rio de Janeiro. Isso porque tratam-se de projetos que alteram o curso natural de certas regiões, uma vez que a maioria dos grandes empreendimentos têm a tendência de serem levados para locais mais distantes das áreas mais populosas das cidades, justamente onde há mais espaço livre para construção, porém mais áreas verdes.

Entrevistada pelo Nicomex Notícias, Lúcia Xavier, Doutora em Gestão Ambiental e secretária-geral da Associação Brasileira de Engenharia Ambiental (ASBEA), explica que para haver impacto ambiental em grandes projetos são necessários três quesitos: a fonte geradora, o veículo ou vetor que conduzirá o impacto (curso hídrico, atmosfera, por exemplo) e, por fim, o alvo ou receptor atingido. “Qualquer atividade decorrente da ação antropogência certamente gera um ou mais impactos. Dentro das categorias de impacto e aspectos, cabe a definição dos impactos ambientais, sociais, econômicos, entre outros e, a partir dessa etapa, analisar seus reais efeitos sobre o meio ambiente da região na qual foram instalados”, diz Lúcia.

A especialista ressalta que cabe ainda avaliar o espaço de tempo no qual as pressões (fontes que causam o impacto) estarão presentes e a capacidade de regeneração ou adequação do ambiente. Sobre essa relação temporal, a secretária-geral da ASBEA afirma que “enquanto a refinaria exerce uma pressão de longo prazo e com finalidade exclusivamente de produção, a infraestrutura dedicada à Copa de 2014 terá, num primeiro momento, uma ampliação e adequação basicamente para fins logísticos (transporte, acomodações, centros para as atividades esportivas, entre outros) e poderá ser absorvida pelas necessidades locais após o evento”.

Comperj

Todo e qualquer empreendimento que gera efeitos para o meio ambiente necessita submeter-se a um processo de licenciamento ambiental. “A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é uma importante ferramenta, prevista inclusive na Política Nacional de Meio Ambiente e permite a mensuração e, consequentemente, o gerenciamento de impactos ambientais decorrentes da instalação de grandes empreendimentos como hidrelétricas, rodovias, pontes, etc”, exemplifica Lúcia Xavier.

No caso do Comperj, a Petrobras diz ter obtido um licenciamento considerado inovador, por aliar rigor ambiental e complexidade, sem apresentar aumento de prazo, em estudos acompanhados pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema). Além disso, a estatal articulou discussões com quinze municípios localizados próximo à obra do complexo, que geraram documentos chamados de Agendas 21 Locais, com a finalidade de buscar a proteção da natureza, a eficiência econômica e a justiça social. Elaborada na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – Rio 92 – a Agenda 21 é um documento que reúne diretrizes concretas que pretendem conciliar o desenvolvimento de regiões com preocupações ambientais e construções sustentáveis.

Frases da Semana

Frases da Semana:

”Percebemos o Brasil como o Oriente Médio da química verde”

Declaração do presidente da Braskem, Bernardo Gradin, sobre os investimentos que a empresa fará no Brasil a partir de matérias primas sustentáveis.
Fonte: Folha de São Paulo

”O Rio será a capital intelectual do pré-sal”

Declarou o diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, Maurício Guedes, sobre os R$ 500 milhões que o Parque deve receber de investimentos, vindos de diferentes empresas, até 2014.
Fonte: O Globo

O que nós não podemos é nos conformar com uma trajetória que transforma o Brasil em vítima de apreciação cambial. ”

Concluiu o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ao defender que o governo tome medidas para proteger a economia brasileira da “guerra cambial”.
Fonte: Diário Mercantil

”Ninguém queima gás porque quer”

Declarou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, após dados da ANP comprovarem um aumento substancial na queima de gás por parte da estatal.
Fonte: Gazeta de Notícias

”Agora temos espaço para fazer as movimentações e captações que julgarmos necessárias”

Declarou o diretor Financeiro e de Relação com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, após anunciar o lucro trimestral de R$ 8,56 bilhões da estatal.
Fonte: Diário Mercantil

”Estamos percebendo uma demora nos EUA e na Europa para resolver a crise, sobretudo na questão interna, do consumo”

Respondeu o presidente Lula sobre o que acredita ser a condição primordial para recuperar a estabilidade da economia mundial.
Fonte: O Globo

”Nossa avaliação é de que essa medida é prejudicial a economia brasileira. Um grande número de países tem visão similar à nossa em relação às suas economias.”

Avaliou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) de comprar USD 600 bilhões em títulos públicos americanos, desvalorizando o dólar.
Fonte: Valor

”São como foguetes”

Comentário do diretor do FMI, Nicolas Eyzaguirre, sobre as economias de Brasil, China e Índia.
Fonte: Brasil Econômico













sexta-feira, 12 de novembro de 2010

As 5 lições de Jim Collins, tido por muitos como o sucessor de Peter Drucker

Um dos mais respeitados pensadores do management mundial da atualidade revela lições para bons modelos de Administração

Por Fábio Bandeira de Mello, http://www.administradores.com.br/

Ter o reconhecimento mundial da comunidade do Management e da Administração não é tarefa das mais fáceis. Imagina, então, ser considerado por muitos o sucessor do grande maestro da Administração contemporânea. Jim Collins foi o "cara" que alcançou esse status e hoje é um dos mais respeitados pensadores do mundo management da atualidade, tido por muitos como o herdeiro de Peter Drucker.

Suas ideias e ideais já pararam em 3,5 milhões de livros vendidos em 29 idiomas diferentes. Em palestra no HSM ExpoManagement 2010, Jim Collins revelou algumas lições de bons modelos de Administração e cases de grandes empresas duradouras que conseguiram um desempenho superior ao longo do tempo. Veja as cinco grandes lições de Collins.

Lição 1 - Cuidado com o declínio

Jim Collins destaca que as grandes responsáveis pelo declínio de uma organização são as próprias empresas. "Algumas empresas caem ou sobem e isso não é questão das circunstâncias, é questão da escolha consciente e disciplina", afirma.

Collins destaca que existem cinco estágios do declínio e que é preciso ficar atento a eles:

- Estágio 1: O excesso de confiança proveniente do sucesso

- Estágio 2: A busca indisciplinada por mais (escala, crescimento, "aplausos"...)

- Estágio 3: A negação dos riscos e perigos

- Estágio 4: A luta desesperada pela salvação

- Estágio 5: A entrega à irrelevância ou à morte

Lição 2 – Seja um "líder nível 5"

Um dos elementos que fazem com que uma empresa deixe de ser boa para ser excelente é a liderança. Para Collins, essa liderança deve ser baseada em tomadas de decisões corajosas, buscar fazer o melhor possível e, principalmente, ter humildade. "O ingrediente mágico entre os grandes CEOs não está em sua genialidade ou competência, mas em sua humildade e boa-vontade", explica.

Jim Collins afirma que essas pessoas são consideradas os "líderes nível 5" e possuem as qualidades dos níveis anteriores. Nível 1: reúne as capacidades individuais. Nível 2: as de equipe. Nível 3: as de administração. Nível 4: reúne habilidades de liderança: capacidade de comandar, dar direção, mobilizar e transformar um grupo.

Lição 3 – Não fique arrogante com o sucesso

A queda das empresas, muitas vezes, está na continuidade do modelo de gestão. Muitas empresas quando chegam ao sucesso mantêm o formato que lhes deu bons resultados e se acomodam, ou seja, não buscam inovar ou trazer algo diferente que agregue à empresa. "É preciso manter a empolgação, a auto-estima, criatividade e intensidade, mesmo quando tiver sucesso. Se as pessoas perdem isso, há possibilidade de declínio", afirma Collins.

De acordo com Collins, foi assim que a Johnson & Johnson e a Page conseguiram se manter em mais de 100 anos de mercado.


Palestra de Collins no HSM ExpoManagement 2010, em São Paulo
Lição 4 – Não desmotive seus funcionários

Jim Collins explica que é comum ouvir que é preciso motivar os funcionários da empresa. Mas, através de pesquisas em diversas organizações pelo mundo, ele constatou que as características dos funcionários contratados recentemente já indicam um grau de motivação natural nesses profissionais.

Collins afirma, então, que a questão central não está na motivação desses funcionários, mas em não desmotivá-los. O guru diz que isso é possível quando a empresa está aberta a novas sugestões, encara outros projetos e dá as ferramentas necessárias para o andamento do trabalho.

Lição 5 – Escolha as pessoas certas

"A habilidade executiva número um é escolher as pessoas certas e colocá-las nas posições certas", afirma Collins. Ele destaca que ter uma equipe comprometida com a empresa e ocupando os cargos ideais aumentam drasticamente as chances de o empreendimento dar certo.

Collins indica que existem algumas características para saber se a empresa contratou o profissional certo. Entre elas estão:

- pessoas certas se encaixam nos valores da corporação;

- pessoas certas não precisam ser gerenciadas de perto;

- pessoas certas compreendem que não tem emprego, mas sim responsabilidade;

- Elas fazem 100% do que realmente se propõe a fazer;

- Elas têm uma enorme paixão pela empresa e pelo trabalho que exercem.


Jim Collins
É o mais respeitado pensador do mundo de management da atualidade e considerado o sucessor de Peter Drucker. Jim Collins escreveu quatro livros – incluindo o clássico Built to Last, que registra 3,5 milhões de cópias vendidas em 29 idiomas e até hoje figura em listas de best-sellers.



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

STF vai quebrar sigilo bancário e fiscal de Azeredo

Supremo Tribunal Federal (STF) vai determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

A medida será tomada para instruir o chamado processo do mensalão mineiro, que investiga desvios de recursos públicos para financiar a campanha do tucano, que tentava a reeleição como governador de Minas Gerais, em 1998.

Há duas semanas, foi publicada no Diário de Justiça a decisão do STF, de dezembro passado, de transformar o inquérito em ação penal.

Com isso, ficou liberado o início das investigações. Uma das primeiras providências do relator, ministro Joaquim Barbosa, será ouvir o depoimento do tucano.

Detalhes das finanças de Azeredo poderão ajudar a identificar seu suposto vínculo com Marcos Valério, apontado como operador de desvios de dinheiro de estatais do estado para, entre outros fins, abastecer a campanha do tucano.


Além disso, podem mostrar a suposta participação do senador na lavagem de dinheiro. Azeredo alega que as contas de sua campanha não estavam sob sua responsabilidade. Ele também responde no STF por peculato (apropriação de bens públicos).

Embora possa ser encarada como munição contra os tucanos nas campanhas deste ano, o processo do mensalão mineiro só deverá ser concluído no fim do ano que vem, quando o senador será julgado no plenário do STF.

A ideia do relator é pôr o caso em julgamento junto com o processo do mensalão do PT — esquema no qual o governo Lula teria pagado propina a parlamentares em troca de apoio no Congresso.

Os dois casos têm interseções significativas, a exemplo da participação de Marcos Valério como operador das irregularidades.

— Os casos apresentam inúmeras semelhanças — disse em dezembro o relator, que ontem não quis dar entrevista.

O processo do mensalão do PT foi aberto em agosto de 2007 e ainda não foi concluído devido ao grande número de réus (40) e de testemunhas de defesa (cerca de 640).

Como o processo de Minas tem apenas um réu, a expectativa é de que o caso caminhe com mais celeridade. Azeredo terá direito a listar, no máximo, 16 testemunhas de defesa.



sábado, 6 de novembro de 2010

Serra critica Lula na França e ouve: "Por que não te calas?"

Derrotado nas urnas, o ex-candidato tucano à presidência, José Serra, participou nesta sexta-feira do encerramento do XI Fórum de Biarritz, no sul da França - dedicado a analisar as relações entre América Latina e União Europeia (UE) - a acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de desindustrializar o país e fazer "populismo" de direita em matéria econômica. Da plateia, um homem reagiu e gritou: "Por que não te calas?"

Durante sua palestra, Serra argumentou que não pôde discutir como gostaria durante a campanha eleitoral e declarou que o Brasil é um país fechado ao exterior. "Há um processo claro de desindustrialização", afirmou, criticando "a fraqueza" dos investimentos do governo e a elevada carga tributária.

"É um governo populista de direita em matéria econômica", afirmou, complementando que a a democracia não é só ganhar eleições, "é governar democraticamente".

O tucano também criticou o modelo de orçamento participativo, no qual o contribuinte pode decidir sobre a distribuição de parte dos impostos, adotado pelo Brasil e por outros países latino-americanos.

O ex-candidato também acusou o governo de se unir a ditaduras, como a do Irã. Neste momento, foi interrompido por um membro da Fundação Zapata, do México, que estava na plateia, e gritou: "Por que não te calas?", provocando um momento de agitação.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Mensageiro: Dilma Rousseff conversou por telefone com vários chefes de Estado

O Mensageiro: Dilma Rousseff conversou por telefone com vários chefes de Estado

O Mensageiro: Política econômica traçada por Dilma recebe primeira nota positiva

O Mensageiro: Política econômica traçada por Dilma recebe primeira nota positiva

O Mensageiro: Barack Obama diz ter pressa para encontrar presidenta

O Mensageiro: Barack Obama diz ter pressa para encontrar presidenta

Barack Obama diz ter pressa para encontrar presidenta


Americano foi um dos diversos líderes mundiais a telefonar para Dilma

Um dos momentos mais marcantes do governo Lula aconteceu em abril do ano passado, quando o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que ele é “o cara”, por ser “o político mais popular do mundo”. Ao que tudo indica, ‘a cara’ da política internacional, desde domingo, é outra: o americano foi um dos vários líderes mundiais que telefonaram ontem para congratular a presidenta eleita Dilma Rousseff e combinar um encontro.

Na ligação, segundo a Casa Branca, Obama classificou o triunfo de Dilma como “vitória histórica”. Obama também “felicitou os brasileiros por sua fé e compromisso em favor da democracia”, além de destacar “a excelente relação de trabalho entre os Estados Unidos e o Brasil”.

Ainda segundo o governo americano, Obama também disse à presidente eleita que tinha “pressa em encontrá-la e trabalhar com ela em assuntos ligados à energia limpa, ao crescimento mundial e à ajuda na reconstrução do Haiti”, além de examinar os esforços conjuntos de desenvolvimento e outros temas de importância mundial.

Além de Obama, líderes de vários continentes entraram em contato com Dilma. Uma das saudações mais bem-humoradas veio da presidenta argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ainda no domingo. “Bem-vinda ao clube das companheiras de gênero”, afirmou.

Segundo um dos coordenadores da campanha de Dilma, Marco Aurélio Garcia, a presidenta recebeu ligações do presidente francês Nicolas Sarkozy, do colombiano Juan Manuel Santos, do chileno Sebastián Piñera, do mexicano Felipe Calderón e do português José Sócrates, entre outros.

Em mensagem enviada à petista, o presidente russo Dimitri Medvedev disse desejar “sucesso neste alto cargo”. “Desejo felicidade e prosperidade ao povo brasileiro”, acrescentou. Já Gueorgui Parvanov, da Bulgária, convidou Dilma a conhecer a terra-natal do pai da brasileira.

O grande candidato a fã de Dilma entre os líderes mundiais é Hugo Chávez. Domingo, ele já comemorara a vitória da petista em sua coluna semanal e no Twitter. Ontem, afirmou ter enviado novamente as mais “efusivas felicitações”.

Na Bulgária, eleição é o assunto do dia

Foi com a manchete “140 dias de garra búlgara na luta pela Presidência do Brasil” que o jornal 24chasa — um dos mais importantes da Bulgária, no Leste Europeu — noticiou a vitória de Dilma Rousseff. Assunto durante todo o dia de vários canais de TV locais, a eleição da filha de um imigrante do país foi celebrada nas ruas.

O orgulho da eleição de Dilma fez com que a Prefeitura de Gabrovo, onde Pétar Russév (que aportuguesou seu nome para Pedro Rousseff), pai da nova presidenta, abrisse uma exposição permanente no museu da cidade sobre a história da agora família mais ilustre da região.

Na exposição ‘A raiz de Gabrovo de Dilma Rousseff’, a população de quase 70 mil habitantes da cidade pode conhecer e acompanhar, num arquivo de 35 fotos e em duas árvores genealógicas, um pouco da trajetória da brasileira.

“Tenho impressão de que vai ser uma comoção muito grande se eu for lá. Uma emoção para mim e para eles. É um país pequeno. Imagina a visão do Brasil visto de lá. Acredito que sou a única ‘búlgara’ que teve sucesso fora da Bulgária”, disse ontem a presidenta, que admitiu, em entrevista, que não fala uma palavra do idioma.

O pai de Dilma, que foi filiado ao Partido Comunista da Bulgária, deixou Gabrovo, onde tinha um filho (Luben Russév) e a mulher (Evdokia Yankova), à procura de um emprego melhor. Ele chegou ao Brasil no fim da década de 1930, mas se mudou para Buenos Aires logo em seguida por não ter se adaptado ao clima quente daqui.

Anos depois, retornou ao Brasil e foi morar em São Paulo. Em uma viagem a Uberaba conheceu a professora Dilma Jane Silva, com quem viria a casar e ter três filhos: Igor, Dilma e Zana Lúcia — já morta.

Política econômica traçada por Dilma recebe primeira nota positiva


As diretrizes da política econômica que Dilma Rousseff (PT) traçou em seu primeiro pronunciamento como presidente eleita, no qual prometeu continuidade e prudência fiscal, receberam nesta segunda-feira o primeiro aval de uma agência internacional de classificação de risco.

Em nota divulgada ontem, a agência Standard & Poor's indicou que a adoção de políticas de controle fiscal como as prometidas pela petista em um ambiente como o atual, de crescimento econômico e inflação sob controle, permitem prever uma elevação da classificação de risco do Brasil.

No discurso que pronunciou na noite de domingo após ser confirmada como primeira mulher presidente do Brasil com 56,05% dos votos válidos, Dilma garantiu que, em matéria econômica, pouco mudará com relação ao rumo já traçado pelo padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, mas deu pistas sobre algumas medidas que poderia adotar.

A ex-ministra da Casa Civil, que será a primeira economista a assumir a Presidência, citou especificamente o controle dos gastos públicos, mas sem comprometer os programas sociais.

Nem o mercado nem os analistas esperam grandes reformas de uma líder que ajudou a definir o atual rumo econômico como ministra, e menos ainda em momentos quando o Brasil caminha a passos firmes para situar-se entre as cinco maiores economias do mundo num futuro próximo.

Segundo uma pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central, os economistas dos bancos privados preveem que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 7,6% neste ano, seu maior nível em duas décadas, e que mantenha um crescimento superior a 5% a partir do ano que vem.

O próprio candidato derrotado no segundo turno, José Serra (PSDB), se absteve de prometer grandes reformas econômicas e, pelo contrário, elogiou as medidas com as quais Lula enfrentou a crise mundial, que permitiram ao Brasil se transformar em um dos primeiros países a superá-la.

O tucano também não podia criticar as bases da política econômica, inclusive porque Lula manteve as que tinham sido implantadas por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), de quem Serra foi ministro do Planejamento e da Saúde.

Tais bases, com as quais Dilma também se comprometeu, são: inflação controlada, gastos públicos controlados e regime cambial flutuante.

Compromisso

Em seu discurso de domingo, a presidente eleita reiterou seu compromisso com a redução dos gastos, que nos últimos meses cresceram e puseram em risco a meta do Governo de fechar o ano com um superávit fiscal primário de 3,3% do PIB.

"Faremos todos os esforços pela melhora da qualidade dos gastos públicos, pela simplificação e redução da tributação e pela qualificação dos serviços públicos", anunciou Dilma.

A presidente eleita esclareceu que os esforços fiscais não comprometerão os programas sociais e de distribuição de renda iniciados por Lula.

Para melhorar a despesa do Estado sem comprometer o ajuste fiscal nem pôr em risco a inflação e ao mesmo tempo estimular a economia, Dilma pretende impulsionar uma redução da taxa de juros, atualmente de 6% em termos reais, o que a situa entre as maiores do mundo.

A presidente eleita, uma economista qualificada como "desenvolvimentista", também anunciou que porá maior ênfase no mercado interno, que é justamente o que impulsionou o crescimento da economia nacional.

Com as exportações em baixa pela crise internacional e a forte apreciação do real, o consumo das famílias em um país de 180 milhões de habitantes, que cresce a um ritmo de quase 8% anual, se transformou na locomotiva da economia.

Dilma reconheceu que, com as grandes economias do mundo em crise, é necessário continuar apostando no mercado interno, para não depender muito das exportações. No entanto, ela esclareceu que o Brasil não fechará sua economia ao exterior, mas estabelecerá regras mais claras para reduzir a volatilidade das moedas e do mercado de capitais.

"Atuaremos firmemente nos fóruns internacionais com esse objetivo", assegurou a próxima governante, que já confirmou que viajará com Lula na semana que vem à Coreia do Sul para participar da Cúpula do Grupo dos 20 (G20, países ricos e emergentes).

Tanto Lula quanto Dilma defendem um acordo no marco do G20 que detenha a atual "guerra cambial", que reduziu a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

As informações são da EFE



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mensagem de Abílio Diniz

Mensagem enviada aos nossos 400 colaboradores que todas as segundas feiras pela manhã participam das reuniões plenárias realizadas no auditório do Grupo Pão de Açúcar e distribuído via Comunicado Interno aos colaboradores de lojas e centros de distribuição.


São Paulo, 1 de novembro de 2010.

Prezado Colaborador (a)

Ontem o Brasil foi às urnas e Dilma Rousseff foi eleita Presidente da República. Assim como fiz há oito anos, na primeira eleição de Lula, quando vim a público e declarei meu voto para José Serra, venho agora dizer que confiei o meu voto à Dilma Roussef. Estou feliz com a sua vitória e espero que o Brasil e os brasileiros tenham com ela um grande governo, com a continuidade do desenvolvimento sustentável.

Nos anos 80 – para mim, minha década perdida – quando fui membro do Conselho Monetário Nacional, o que eu mais almejava para o meu País era democracia, crescimento, geração de empregos e maior distribuição de renda. Demorei muito para ver isto acontecer. Na verdade, isso só ocorreu no governo do Presidente Lula.

Lula mudou completamente este País e mudou para melhor. Nesses oito anos assistimos à redução da fome e da miséria, à ascensão das classes sociais mais baixas e ao aumento da classe média. Hoje, temos orgulho, somos respeitados no exterior e Lula entra para a história como o estadista responsável por tudo isso.

É claro que ocorreram erros e que não devemos esconder que algumas coisas poderiam ter sido diferentes. Mas olhemos para o índice de aprovação do seu governo: 80% dos brasileiros apóiam o Presidente. Tenho certeza de que a vida dessas pessoas melhorou. Lula deixa um legado de crescimento e de melhoria da condição de vida dos brasileiros que dificilmente será esquecido.

Não tenho dúvida de que Dilma representa a continuidade de tudo aquilo que foi feito de bom. Tenho a convicção de que ela e sua equipe de governo têm a mais firme intenção de corrigir os erros e ampliar as ações positivas. Espero firmemente que Dilma cumpra seus compromissos de campanha, reiterados na noite de ontem, em seu primeiro pronunciamento oficial.

Entre eles, espero que faça o tão necessário ajuste fiscal, que reveja os gastos públicos e reestruture a máquina governamental em busca de maior eficiência a custos mais baixos. Que combata o nepotismo e os favorecimentos indevidos. E que se aproveite de uma composição mais favorável do Congresso Nacional para aprovar as reformas constitucionais que o Brasil tanto precisa.

Peço a Deus e a todos os brasileiros que ajudem nessa tarefa. Os desafios são enormes. Talvez, neste momento, o cenário externo não seja tão favorável como o que foi encontrado por Lula. Dilma, porém, tem plena condição de administrar e superar as dificuldades para o Brasil continuar a crescer.

Desejo muito sucesso a Dilma. Que Deus a proteja, lhe dê saúde e ilumine seu caminho. De minha parte, continuarei trabalhando firme para ajudar na tarefa de construir um Brasil melhor, mais humano e solidário. Continuarei fazendo aquilo que acredito ser a maior contribuição de um empresário comprometido com o seu País e com o social: crescer sustentavelmente, gerar empregos e contribuir com o aumento e distribuição de renda.


Hoje somos 145 mil. Vamos continuar a crescer, aplicando os valores que sempre guiaram o Grupo: humildade, disciplina, determinação e garra. Conto com vocês para construirmos um País cada vez melhor.

Abilio Diniz








Dilma Rousseff conversou por telefone com vários chefes de Estado


A presidente eleita, Dilma Rousseff, dedicou hoje o dia após sua vitória nas urnas a conversar por telefone com vários chefes de Estado, definir sua agenda para os próximos dias e a pensar em descansar a partir de amanhã.

Entre outros líderes, Dilma falou com o americano Barack Obama, o francês Nicolas Sarkozy, o venezuelano Hugo Chávez, o colombiano Juan Manuel Santos, o chileno Sebastián Piñera, o mexicano Felipe Calderón e o português José Sócrates, precisou Marco Aurélio Garcia, um dos coordenadores da campanha.

Garcia, que também é assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, disse que "todos a felicitaram calorosamente e a convidaram para visitar seus países antes de sua posse, mas a transição será muito curta e talvez não haja tempo", apontou.

Confirmou, no entanto, que Dilma poderá se encontrar, na próxima semana, com alguns dos Chefes de Estado com os quais conversou hoje, na Cúpula do G20 que será realizada na Coreia do Sul, da qual participará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu mentor político.

O assessor disse aos jornalistas que estavam na frente da casa da governante eleita que um dos assuntos que Lula e Dilma pretendem discutir na reunião do G20 é a "guerra de divisas", que se suscitou no mundo perante a queda do dólar e a persistência da crise nos países mais desenvolvidos.

Na viagem para a Coreia do Sul, Lula e Dilma farão, no próximo sábado, uma escala em Moçambique, onde assistirão à inauguração de uma fábrica de remédios que o Brasil ajudou a montar no país africano.

Dilma, do PT, se transformou neste domingo na primeira mulher eleita para governar o Brasil, graças aos 56% dos votos que lhe deram a vitória frente ao opositor José Serra, do PSDB, que obteve 43%.

A presidente eleita fez referência à guerra cambial no domingo à noite, quando realizou seu primeiro pronunciamento público depois de sua vitória ter sido confirmada.

"Seguiremos lutando pela amplitude de todas as relações comerciais", "contra o protecionismo" e também para "acabar com a guerra cambial que há no mundo", disse Dilma, além de apontar que "é preciso estabelecer regras muito mais claras e cuidadosas" e "limitar a especulação desmedida".

Além de receber ligações de chefes de Estado, a presidente eleita se reuniu hoje com Garcia e outros membros de seu comitê de campanha, como o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e com o deputado e ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Um dos assuntos discutidos foi o processo de transição iniciado com sua chegada ao Poder, que terá Dutra, para aspectos políticos, e Palocci, para assuntos técnicos e relativos a economia, como coordenadores.

Segundo fontes de seu comando de campanha, também foi analisada sua agenda para esta semana, que incluirá dias de descanso em Porto Alegre, com sua filha e seu neto.

Como esta terça-feira é feriado nacional, Dilma poderia viajar ainda esta noite e retornaria a Brasília na próxima sexta-feira, disse um membro de seu comitê de campanha à Agência Efe.

Segundo o estipulado, Dilma teria, na próxima sexta-feira, uma primeira reunião formal com Lula, a fim de começar a discutir o processo de transição antes de viajar para Moçambique.

Assim como Dilma, Lula não apareceu nesta segunda-feira em público e passou o dia descansando no Palácio da Alvorada, onde ontem à noite recebeu a presidente eleita e um grupo de membros do comitê de campanha para celebrar a vitória que o líder também considerou como sua.



Dilma Rousseff é eleita primeira mulher presidente do País


Com sua experiência em cargos políticos, Dilma diz estar pronta para comandar o Brasil

Foi preciso pouco mais de uma hora de apuração após o fechamento das urnas em todo o país para que a matemática confirmasse a eleição da primeira mulher à presidência do Brasil. E, às 21h30 deste domingo (31), os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmavam a vitória da candidata petista Dilma Rousseff, com 55,99% doa votos. O total de votos apurados é de 99,14%. José Serra (PSDB) registrou 44,01%. O índice de abstenção atingiu 21,45%.

Dilma é a primeira mulher eleita presidente do Brasil. Nascida em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte (MG), a presidente eleita é formada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e trabalhou na Fundação de Economia e Estatística (FEE). Depois, organizou debates no IEPES (Instituto de Estudos Políticos e Sociais) e, com Carlos Araújo, de quem é divorciada, ajudou a fundar o PDT do Rio Grande do Sul.

Durante sua carreira, Dilma foi secretária da Fazenda de Porto Alegre, diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, presidente da FEE, secretária de Minas, Energia e Comunicação, ministra de Minas e Energia e ministra Chefe da Casa Civil.

Prestes a terminar seu mandato, que durou oito anos, o presidente Lula viu-se incumbido a escolher um dos companheiros petistas para a sucessão no Palácio do Planalto. Preferiu olhar para dentro de seu governo e eleger um de seus ministros. Dilma Rousseff, hoje com 62 anos, ficou conhecida durante a gestão de Lula como "a mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)".

Filha de um búlgaro, Pétar Russév, e de uma mineira, de quem herdou o nome, Dilma viu-se ligada à política desde muito cedo, mesmo não sabendo disso. Seu pai, que se naturalizou brasileiro com o nome Pedro Rousseff, foi ligado aos movimentos de transformações na Europa e deixou à filha o espírito libertário, além do gosto pela leitura.

Dilma Vana Rousseff nasceu sete dias antes do Natal de 1947. Teve uma infância tranquila e sem muitas dificuldades financeiras, com jantares servidos à francesa, em uma casa em Belo Horizonte. Por lá, ao lado dos dois irmãos Igor e Zana, ela ficou até a juventude. Neste período, estudou em colégios particulares de freiras, exclusivos para moças.

Mais tarde, em 1964, ano do golpe militar, Dilma entrou no Colégio Estadual Central. Nesta escola, que era pública e tinha turmas mistas, iniciou a militância na Política Operária (Polop), organização de esquerda com forte presença no meio estudantil, à qual já pertencia seu namorado, Cláudio Galeno. Eles se casariam três anos depois, apenas no civil e sob os olhares de poucos amigos e familiares.

No mesmo ano de seu casamento, em 1967, Dilma ingressou no curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais e aderiu ao Comando de Libertação Nacional (Colina) - organização que combatia a ditadura.

Tortura

As sessões de tortura e a prisão duraram por quase três anos. De janeiro de 1970 a dezembro de 1972, Dilma passou os dias nos porões da Operação Bandeirantes (Oban) e do Departamento de Ordem Política e Social (Dops).

Nestes dois departamentos, criados na Ditadura Militar, a jovem de vinte e poucos anos sofreu torturas, de diversas formas, e foi considerada pelos colegas de militância como uma pessoa bastante forte. Ao ser libertada, Dilma voltou à sua casa da infância para se recuperar ao lado da família.

Câncer e cara fechada

Considerada pela mídia como um "general", Dilma humanizou-se diante das câmeras ao relatar que estava com câncer linfático, em abril de 2009. A mulher com fisionomia sisuda e bastante séria teve de se submeter às sessões de quimioterapia e logo se recuperou.

A partir daí, começou a aparecer sempre ao lado do presidente Lula, que a considera "uma mulher competente e de fibra". Em 2009, a "mãe do PAC" foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do País pela revista Época.

O ar de "braveza" foi desaparecendo aos poucos, junto às suas mudanças fisionômicas, que começaram em 2008. Ajudada pelas cirurgias plásticas, as linhas de expressão, as olheiras e os olhos caídos deram espaço a um olhar mais vivo, um rosto mais liso e um corte de cabelo mais moderno, definido pelo hair stylist Celso Kamura como "iluminador".