terça-feira, 9 de março de 2010

ECONOMIA

EMPRESAS BRASILEIRAS JÁ APRESENTAM BONS NÚMEROS

A inadimplência das empresas no mês de janeiro recuou 14,6% em relação ao mesmo período de 2009. O resultado, que representa a maior queda nesta base de comparação desde março de 2008, está associado à melhora nas finanças das empresas, que no ano passado amargaram grandes perdas com a crise financeira mundial.

A pesquisa realizada pelo indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, informa que o recuo anual ocorreu devido ao período mais crítico da crise global no início do ano passado. Segundo analistas do órgão, em 2010, com a situação oposta, a economia cresce, e o indicador mostra uma forte melhora na situação financeira das empresas em relação ao primeiro mês de 2009.

Na análise por porte, o recuo da inadimplência foi maior nas grandes empresas, com queda de 36,7% em janeiro de 2010 ante janeiro de 2009. Nas médias empresas, a queda foi de 25,7% na mesma comparação e, nas pequenas empresas, o recuo foi bem menor: 12,9%. Para os analistas do Serasa, isto revela que a queda da inadimplência está mais lenta nas micro e pequenas empresas em relação às demais.

“A economia brasileira está ficando cada vez mais sólida”

Para o economista da FGV, Silvio Sales, a inadimplência de pessoas jurídicas está ligada a saída do Brasil da crise econômica já no segundo semestre do ano passado. “No fim de 2009 já era possível reconhecer o aumento das atividades das empresas, principalmente no setor industrial. Aumento nas contratações e elevação da demanda fizeram com que as empresas melhorassem seus números aumentando suas receitas”, explicou Silvio Sales em entrevista a Nicomex Notícias.

Segundo o especialista da FVG, a tendência é que em 2010, os brasileiros não tenham tanta preocupação com dados de crescimentos. “A economia brasileira está ficando cada vez mais sólida, e os números de inflação, crescimento do PIB ou taxa de crescimento não são os principais motivos de preocupação para este ano. Acredito que o país vá se preocupar com isso, apenas nos próximos anos, pois deverão ficar receosos com o novo governo que estará entrando”, afirma Silvio.

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