segunda-feira, 27 de junho de 2011

Empréstimos do BNDES para microcrédito chegam a R$140 milhões e superam, em junho, a meta do ano

Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, na ultima quarta-feira (21), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, destacou o impacto dos investimentos no Brasil Sem Miséria. Leia abaixo trechos da entrevista, editada pelo Em Questão.


Tereza Campello, Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Foto: Agência Brasil


O Brasil Sem Miséria vai gastar no mínimo 20 bilhões ao ano, mas nossa avaliação é que isso não é um custo, é um investimento. Temos pesquisas importantes que mostram, por exemplo, que, a cada R$ 1,00 que investimos no Bolsa Família – e, portanto, distribuímos para a população de baixa renda -, R$ 1,40 retornam, multiplicando o Produto Interno Bruto (PIB) nessas regiões. Ganha o consumidor, a população pobre, mas ganha também o comércio, a indústria, porque vende mais, e ganha todo o País.

Acampados

Estivemos com o presidente do Incra, existe um esforço grande para o levantamento da população acampada. Parte dela, inclusive, não é uma população que esteja cadastrada no Bolsa Família. O nosso primeiro esforço, com relação a acampados, é garantir o cadastramento dessa população, sua localização e transferência do Bolsa Família para que melhorem sua condição de vida. Essas famílias têm uma dificuldade específica, porque é difícil você dizer de qual município elas são. Agora, o Brasil Sem Miséria, ele não substitui o Estado brasileiro. As ações do Estado brasileiro, têm que continuar funcionando e funcionando bem. As ações de reforma agrária continuarão sendo feitas pelo Incra, dentro do possível. Vamos ter uma parceria com o Incra e auxiliá-las.

Amazônia

Estamos fazendo um trabalho, junto com o INSS, com o Banco da Amazônia e alguns outros órgãos federais, como é o caso do próprio Exército, para garantir que a gente possa chegar a essas famílias, porque o conceito fundamental do Brasil sem Miséria não é que essas famílias tenham que ir atrás do Estado para ter acesso ao programa Bolsa Família, ou ao Bolsa Verde, ou acesso à saúde e à educação. É que o Estado terá que chegar a essas famílias. Não é fácil executar essa tarefa. Já tivemos bons exemplos de atuação do governo federal, articulado com estados e municípios, em mutirões na Amazônia. Estamos organizando um sistema até para chegar a essas famílias com barcos e os sistemas que já estão disponíveis. E a ideia é poder cadastrar essas famílias e facilitar o acesso, inclusive, aos nossos serviços novos, como é o caso, por exemplo, do Bolsa Verde. Com esse objetivo de ser distribuído para a conservação de ativos ambientais já existentes em reservas extrativistas, em florestas nacionais, como é o caso de recursos para fomento a fundo perdido, que vai ser distribuído.

Prazos

O plano tem um prazo, que é o compromisso da presidenta Dilma, de erradicar a extrema pobreza até 2014. Em algumas das nossas ações, estamos estabelecendo um prazo anterior a isso, como é o caso da busca ativa e a inclusão das famílias extremamente pobres, que ainda não recebem o Bolsa Família. Queremos que todas elas – as 800 mil famílias que avaliamos que têm direito ao Bolsa Família e ainda não estão no programa – recebam e estejam dentro do cadastro único até dezembro de 2013.

Transferência de renda

Acreditamos que os programas de complementação de renda são uma ação importante e fundamental para a erradicação da extrema pobreza. Muita gente acha, também, que o Bolsa Família e os programas de transferência de renda, são voltados para famílias que não trabalham. Isso não é verdade. A população adulta que recebe o Bolsa Família, a maioria deles, mais de 70%, trabalha. Mesmo trabalhando, ou faz “bico” ou tem um nível de remuneração que não é suficiente para garantir que saiam da extrema pobreza. Por isso, os nossos programas de transferência de renda são fundamentais para essas famílias numerosas ou que têm um trabalho que não lhes permitam uma renda suficiente para garantir toda a família. Portanto, uma das ações fundamentais é aumentar a renda dessas famílias com transferência de renda. Ao ter esse apoio, essas famílias podem se deslocar melhor, podem, as que não têm trabalho, inclusive, ter recursos para se deslocar em busca de trabalho.

Assistência técnica

Pretendemos, no mínimo, chegar a 250 mil famílias no Brasil. Já iniciamos o trabalho com dez mil famílias, que foi a primeira chamada de assistência técnica que desencadeamos, já no dia 6. É a primeira vez que contratamos a assistência técnica voltada para esse público. Portanto, fizemos uma primeira chamada, que vai atender famílias de agricultores familiares extremamente pobres no norte de Minas e na Bahia. Nos próximos 15 dias, vamos fazer mais uma chamada, envolvendo mais 15 mil famílias, e a ideia é que a gente vá em um crescente, não só atendendo famílias de agricultores familiares no semiárido; mas, algumas dessas chamadas, também faremos para áreas estratégicas no que chamamos arco do desmatamento, onde temos, também, famílias pobres em situação de vulnerabilidade.

O programa é transmitido ao vivo pela TV NBR e pode ser acompanhado na página da Secretaria de Imprensa da Presidência da República (http://www.imprensa.planalto.gov.br/).

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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