segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PROJETO BIOMAS É NOVIDADE NO AGRONEGÓCIO


O Brasil apresentou este ano em Cancún, no México, na Conferência sobre o Clima das Nações Unidas (COP-16), uma iniciativa inédita para o agronegócio. O Projeto Biomas, como está sendo chamado, irá adotar as florestas como alternativas para produzir alimentos com sustentabilidade, e espera que o Brasil supere os desafios de aumentar sua produção com baixo custo e alta qualidade, preservando seu patrimônio ambiental. O projeto foi desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Em entrevista à Nicomex Notícias, a fundadora e responsável pelo projeto, Lara Debeus, diz que a Biomas, para atingir o bem-estar ambiental, tem que primeiramente atingir o bem-estar da sociedade como um todo. “Por intermédio de diversos projetos, procuramos trazer a temática ambiental para o cotidiano das pessoas, a fim de contribuir com a solução dos problemas ambientais, e conseqüentemente, a melhoria da qualidade de vida das pessoas, da sociedade e a conservação da biodiversidade”, completou Lara.

A Biomas acredita que antes de empreender ações de recuperação ambiental é vital preservar e conservar as áreas remanescentes, disse Lara. Ao longo de nove anos serão promovidos pesquisa e compartilhamento de informações nos seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), tendo como objetivo conciliar a produção rural e a preservação ambiental, de acordo com a Embrapa. O Projeto Biomas conta com o aporte inicial de R$ 20 milhões, tendo a utilização da árvore na atividade rural como eixo dos projetos de pesquisa.

Mata Atlântica, bioma mais devastado

O Ministério do Meio Ambiente divulgou, no início de dezembro, um balanço do desmatamento da Mata Atlântica entre 2002 e 2008. Nesse período, a floresta perdeu 2.742 quilômetros quadrados (km²) de área nativa, uma média de 457 km² anuais de derrubadas. No total, a Mata Atlântica já perdeu 75,88% de sua área original e é o bioma mais devastado do país. A Mata era a única região que ainda não tinha dados atualizados da devastação. Em 2011, o governo pretende divulgar taxas do desmatamento do Cerrado, Caatinga, Pampa e Mata Atlântica de 2008 à 2009.

Entre 2002 e 2008, o estado que mais desmatou as florestas foi Minas Gerais, com 909 km² a menos de mata nativa no período. Em seguida, aparece o Paraná, com 542 km² de desmate; e a Bahia, com 426 km². Entre os municípios que mais desmataram a biodiversidade no período estão cidades de regiões conhecidas pela exploração de madeira para abastecer fornos da indústria siderúrgica, principalmente em Minas Gerais e na Bahia.





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